As Pulsões Humanas: O Que Nos Move Segundo Freud e Lacan
Você já percebeu como, às vezes, repetimos comportamentos que nem sempre fazem sentido racional? 🤔 Seja o impulso de ajudar alguém que nos magoou, seja a insistência em escolhas que nos fazem sofrer, algo nos empurra — por dentro. Na psicanálise, esse “algo” é chamado de pulsão.
Neste artigo, vamos entender o conceito de pulsões humanas segundo Freud e Lacan, com exemplos práticos e acessíveis, para que você possa aplicar esse conhecimento ao seu autoconhecimento e à sua jornada de transformação interior 🌱
🔍 O Que São Pulsões Humanas?
As pulsões são forças internas que nascem no corpo, mas se manifestam na mente e no comportamento. Freud define a pulsão como uma energia psíquica intermediária entre o somático (corpo) e o psíquico (mente).
🧩 Características básicas da pulsão (Freud):
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Fonte: origem corporal do impulso (ex: fome, libido);
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Pressão: intensidade da força que exige satisfação;
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Meta: o objetivo, geralmente o alívio da tensão;
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Objeto: aquilo que proporciona a satisfação (que pode variar).
⚖️ As Pulsões em Freud: Vida e Morte
Freud dividiu as pulsões em dois grandes grupos:
🌿 Pulsões de Vida (Eros)
Relacionadas à sexualidade, ao amor, à preservação da vida e à criação. São forças de união e construção.
💀 Pulsões de Morte (Thanatos)
Tendências destrutivas, repetitivas, agressivas ou autossabotadoras. Impulsionam o sujeito a voltar ao estado inorgânico.
🌀 Lacan: A Pulsão Gira em Torno do Objeto
Lacan reinterpreta Freud à luz da linguagem. Para ele, a pulsão não busca um objeto específico, mas gira em torno dele. O que está em jogo é o gozo (jouissance) — uma satisfação que vai além do prazer e pode até envolver sofrimento.
🔥 Gozo x Prazer:
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Prazer: reduz a tensão (ex: comer quando se tem fome);
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Gozo: persiste mesmo na dor, no excesso, na repetição (ex: insistir em algo que nos faz mal, mas “dá sentido” à nossa existência).
💭 Pulsão Não É Desejo
Freud e Lacan concordam: pulsão e desejo não são a mesma coisa.
🔑 Desejo é sempre desejo de algo que falta. Ele é da ordem do simbólico, nasce da linguagem, e nunca se satisfaz completamente.
🔄 Pulsão, por sua vez, pode se satisfazer parcialmente (com o objeto substituto), mas tende a se repetir — ela “dá voltas”, retornando ao mesmo ponto. Lacan chamava isso de “circuito da pulsão”.
👀 Como Reconhecer Pulsões no Dia a Dia?
💡 Por Que Compreender as Pulsões?
Entender como funcionam nossas pulsões é essencial para:
📚 Referências Bibliográficas
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FREUD, Sigmund. Além do Princípio do Prazer. Imago, 1996.
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FREUD, Sigmund. Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade. Imago, 1996.
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LACAN, Jacques. O Seminário, Livro 11: Os Quatro Conceitos Fundamentais da Psicanálise. Zahar, 1985.
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LACAN, Jacques. Escritos. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
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MILLER, Jacques-Alain. Introdução à Clínica Lacaniana. Zahar, 2002.
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