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O Imaginário, o Simbólico e o Real na visão de Lacan

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🧠 O Imaginário, o Simbólico e o Real na visão do psicanalista Lacan revelam como nossa mente se estrutura. O foco aqui é o Imaginário , que surge no “Estádio do Espelho”, quando o bebê se reconhece na imagem refletida e forma o ego.  Essa imagem idealizada constrói um "eu" ilusório, levando o sujeito a buscar completude onde não há. No Imaginário, vivemos por aparências, nos comparamos com os outros e nos identificamos com ideais falsos, criando conflitos e frustrações.  É nesse campo que o narcisismo se forma, e onde a rivalidade com o semelhante floresce. O Simbólico 🧩 , com suas regras e linguagem, organiza essa confusão, enquanto o Real 🌪️ aponta o que escapa a qualquer representação.  Compreender o Imaginário nos ajuda a ver como construímos falsas verdades sobre quem somos. 🧩🌱 📚 Referências bibliográficas: Lacan, J. O Estádio do Espelho como Formador da Função do Eu Lacan, J. O Seminário – Livro 1 Miller, J.-A. Introdução ao Seminário 11

Libido e Complexo de Édipo: pilares do desenvolvimento psíquico segundo a Psicanálise

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A psicanálise, fundada por Sigmund Freud , trouxe ao mundo um olhar profundo sobre as origens do comportamento humano. Entre seus conceitos mais fundamentais estão a libido e o Complexo de Édipo — estruturas que moldam o nosso desejo, os afetos e a identidade desde a infância. Entender essas ideias é mergulhar na gênese do sujeito, do prazer, da culpa e da lei. 🧬 Etimologia: o que significam Libido e Édipo? A palavra libido vem do latim libido, libidinis , que significa “desejo”, “anseio”, “apetite” — especialmente no sentido de um impulso interior intenso, muitas vezes ligado ao prazer. Já Édipo vem do grego Oidípous , que significa “pés inchados” (referência ao mito em que Édipo teve os pés perfurados na infância). Freud tomou emprestado esse mito para representar o drama do desejo infantil em relação aos pais. 🧠 O que é a libido? Para Freud, a libido é a energia psíquica do desejo , especialmente a energia ligada à sexualidade. Mas atenção: sexualidade, na psicanálise, ...

O Neurótico e a Interdição do Desejo: Freud e Lacan em Diálogo

Para Freud, a neurose surge da repressão (Verdrängung) de desejos inconscientes, especialmente os edipianos, interditos pela lei simbólica do superego. O neurótico, preso ao conflito entre pulsão e proibição, substitui o desejo original por sintomas — formações compromissivas que mascaram o interdito. O sofrimento decorre da culpa inconsciente, gerada pela internalização da autoridade paterna (complexo de Édipo), que censura aspirações incestuosas e agressivas. O desejo, assim, permanece como resto inacessível, perturbando a consciência através de atos falhos, sonhos e angústia.   Lacan ressignifica essa interdição, situando-a na relação do sujeito com o Outro (A). A neurose, para ele, é uma estrutura vinculada à renúncia ao desejo em nome do gozo (jouissance) do Outro. O neurótico se submete à Lei simbólica (Nome-do-Pai), que interdita o gozo absoluto, mas, paradoxalmente, fantasia que o Outro detém o objeto de seu desejo (objeto a). Essa dinâmica gera um impasse: o desejo é ...

As Pulsões Humanas: O Que Nos Move Segundo Freud e Lacan

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Na psicanálise, pulsão (do alemão Trieb ) é uma força psíquica que brota entre o corpo e a mente, buscando descarregar uma tensão interna. Não é um instinto, mas uma energia que liga o biológico ao psíquico . Freud a define como um "conceito-fronteira" entre o somático e o mental. As pulsões não visam objetos específicos, mas buscam satisfação — como as pulsões de vida ( Eros ) e de morte ( Thanatos ). Elas moldam nossos desejos, sonhos e sintomas. São, em essência, a dança invisível do inconsciente em direção ao prazer, mesmo que com sofrimento. 💫 Você já percebeu como, às vezes, repetimos comportamentos que nem sempre fazem sentido racional? 🤔 Seja o impulso de ajudar alguém que nos magoou, seja a insistência em escolhas que nos fazem sofrer, algo nos empurra — por dentro. Na psicanálise , esse “algo” é chamado de pulsão . Neste artigo, vamos entender o conceito de pulsões humanas segundo Freud e Lacan , com exemplos práticos e acessíveis, para que você possa aplica...