O Banquete Ritualístico

 

Desde os primeiros albores da humanidade,
quando a aurora tocava em ouro o rosto dos desertos,
os povos antigos, sedentos do sagrado,
reuniam-se em solenes banquetes de mística devoção.

Os egípcios, diante de Ísis e Osíris,
os gregos, à sombra de Apolo e Dioniso,
os romanos, em honra a Júpiter e Vesta,
erguiam taças transbordantes de vinho e oferendas,
consagrando a comunhão entre homens e deuses.

Os filhos de Israel, guiados pela mão firme de Moisés,
assentavam-se em mesas rituais,
celebrando a aliança eterna com o Deus único,
em refeições que guardavam as leis da fé.

E os primeiros cristãos, inflamados de amor e esperança,
rompiam o pão nos ágapes de caridade,
até que os excessos profanaram o puro intento,
e o sagrado foi recolhido ao silêncio do espírito.

Nós, Maçons, herdeiros de antigas luzes,
perpetuamos o Banquete em sua pureza primária,
mantendo-o Místico em suas formas,
e Filosófico em seus princípios eternos.

No Banquete Ritualístico, celebramos mais que o Vinho e o Pão:
Solenizamos a alma, o espírito, o ideal, em resumo, bons costumes —
num rito onde cada gesto ecoa um Mistério a ser revelado,
e cada brinde um elo dourado na cadeia invisível da Fraternidade.

Sob a égide da nossa Augusta Ordem,
este ato solene representa a eterna vitória da Luz sobre as sombras,
a renovação das promessas juradas no silêncio do coração,
e o entrelaçamento indissolúvel dos 81 laços que nos unem.

Com gratidão e emoção vibrante,
erguemos nossas taças para celebrarmos o
Quadragésimo Quarto Aniversário da nossa Augusta e Respeitável Loja Simbólica Emílio Ribas,
e a todos os nobres Irmãos, artífices da história luminosa,
que, com coragem e virtude, edificam templos invisíveis
sob o olhar atento do Grande Arquiteto do Universo.

Que o Banquete continue,
não apenas no festim das palavras e dos vinhos,
mas nos segredos do espírito,
na construção eterna do Homem Verdadeiro.

Que a Sabedoria, a Força e a Beleza,
como as eternas 3 Joias do nosso Templo,
Estejam agora e sempre sobre nós!

Que Assim seja!

Escrito no dia 07/04/2025.

Ruy de Oliveira .∙.