Friedrich Nietzsche

A frase:

“Eu sou vários! Há multidões em mim. Na mesa de minha alma sentam-se muitos, e eu sou todos eles. Há um velho, uma criança, um sábio, um tolo. Você nunca saberá com quem está sentado ou quanto tempo permanecerá com cada um de mim. Mas prometo que, se nos sentarmos à mesa, nesse ritual sagrado eu lhe entregarei ao menos um dos tantos que sou, e correrei os riscos de estarmos juntos no mesmo plano.”

Essa frase não está no livro Assim Falou Zaratustra de Friedrich Nietzsche, nem em nenhuma outra obra conhecida do filósofo alemão.

Apesar de frequentemente circular nas redes sociais com o nome de Nietzsche — especialmente por causa do tom introspectivo e poético —, ela não é uma citação autêntica dele. Trata-se, provavelmente, de um texto contemporâneo ou apócrifo, escrito por algum autor moderno que buscou refletir uma ideia existencialista ou psicológica em estilo nietzschiano, mas sem correspondência direta nos escritos originais.

No Assim Falou Zaratustra, Nietzsche realmente aborda a multiplicidade do ser e a complexidade da alma humana, mas com outra linguagem — mais alegórica, filosófica e provocativa. Por exemplo, ele escreve sobre o “espírito que se transforma em camelo, depois em leão, depois em criança”, mas não da maneira emotiva e quase mística que vemos na frase citada.