Anna Freud e Dorothy Burlingham

Blog do Ruy de Oliveira - Imagem de Anna Freud e Dorothy Burlingham
Imagem de Anna Freud e Dorothy Burlingham

A sexualidade de Anna Freud, filha de Sigmund Freud, tem sido objeto de especulação acadêmica e cultural, especialmente devido à sua longa e próxima relação com Dorothy Burlingham. No entanto, não há evidências documentais conclusivas que confirmem se essa relação foi de natureza romântica ou sexual.(Academia)

Relação com Dorothy Burlingham

Anna Freud e Dorothy Burlingham compartilharam uma parceria pessoal e profissional por mais de cinco décadas. Elas viveram juntas, criaram os filhos de Dorothy em conjunto e colaboraram em diversos projetos psicanalíticos, como a fundação das Hampstead War Nurseries e do Hampstead Clinic, que posteriormente se tornou o Anna Freud Centre. Apesar da intimidade evidente entre elas, não há registros escritos ou testemunhos diretos que confirmem uma relação sexual ou romântica. Biografias e estudos acadêmicos reconhecem essa proximidade, mas destacam a ausência de provas conclusivas sobre a natureza exata do vínculo entre as duas mulheres. (Academia, BPS)

Interpretações acadêmicas

Pesquisadores contemporâneos têm explorado a relação entre Anna e Dorothy sob a ótica da teoria queer. Harriet Mossop, por exemplo, utiliza a fenomenologia queer para analisar como a convivência das duas mulheres desafiava as normas heteronormativas da sociedade do século XX. Ela sugere que a relação pode ser interpretada como uma forma de "parentalidade queer" ou "ascetismo compartilhado", reconhecendo a profundidade emocional e a parceria entre elas, mesmo sem evidências de um envolvimento sexual. (Academia)

Representações culturais

A especulação sobre a sexualidade de Anna Freud também aparece em representações culturais. O filme "Freud’s Last Session" (2023) retrata Anna como estando em um relacionamento lésbico com Dorothy, embora essa representação seja uma dramatização sem base documental. Eventos como o simpósio "Queer Encounters with Psychoanalytic History at the Freud Museum" discutem essas representações e a forma como elas influenciam a percepção pública da história da psicanálise. (Academia, Freud Museum London)

Conclusão

Embora a relação entre Anna Freud e Dorothy Burlingham tenha sido profundamente significativa e desafiadora das normas sociais de sua época, não há evidências definitivas que permitam afirmar que Anna Freud era homossexual ou que mantinha um relacionamento romântico com Dorothy. A ausência de documentação explícita e a natureza privada de suas vidas pessoais contribuem para que essa questão permaneça em aberto, sendo objeto de interpretações diversas e contínuas discussões acadêmicas.(Essex Open Access Research Repository)

Fontes: 

  1. British Psychological Society – Artigo: Was Anna Freud a lesbian?
    👉 https://www.bps.org.uk/psychologist/was-anna-freud-lesbian

  2. Repositório da University of Essex – Tese sobre psicanálise queer
    👉 https://repository.essex.ac.uk/39397

  3. Freud Museum – Evento: Queer Encounters with Psychoanalytic History
    👉 https://www.freud.org.uk/event/queer-encounters-at-the-freud-museum-online-symposium

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