Heinz Kohut: o psicanalista da empatia profunda

Heinz Kohut: o psicanalista da empatia profunda 💬🧠

Heinz Kohut foi um dos nomes mais influentes da psicanálise no século XX, principalmente por sua ênfase na empatia como ferramenta central do processo analítico. Nascido em 3 de maio de 1913, em Viena, Áustria, Kohut desenvolveu uma abordagem única e inovadora da psicanálise, que viria a ser conhecida como Psicologia do Self.

Origem e formação 📚

Filho de judeus cultos e interessados em música e literatura, Kohut cresceu em um ambiente intelectual vibrante. Formou-se em medicina na Universidade de Viena e, como muitos intelectuais da época, foi profundamente impactado pelos eventos políticos da Europa. Em 1939, fugindo do regime nazista, emigrou para os Estados Unidos, onde se estabeleceu em Chicago. Lá, prosseguiu seus estudos e tornou-se membro influente da comunidade psicanalítica.

O nascimento da Psicologia do Self 🌱

Inicialmente ligado à tradição freudiana ortodoxa, Kohut começou a se distanciar das ideias clássicas ao observar que muitos pacientes não respondiam bem às técnicas tradicionais de interpretação e confrontação. Em vez disso, demonstravam melhora significativa quando recebiam respostas empáticas, calorosas e autênticas por parte do analista.

Essa constatação levou Kohut a desenvolver a Psicologia do Self, uma abordagem que valoriza a relação empática como o verdadeiro motor da cura psíquica. Em vez de focar exclusivamente nos conflitos edípicos ou nas pulsões sexuais e agressivas, Kohut concentrava-se na estrutura do self e em como ela pode ser restaurada por meio da empatia.

Principais ideias e contribuições 💡

🔹 Empatia como ferramenta clínica essencial: para Kohut, a empatia não é apenas uma atitude moral, mas um instrumento técnico de investigação e cura.
🔹 Transtornos do self: ele identificou que muitos distúrbios psíquicos não derivavam apenas de conflitos inconscientes, mas de falhas no desenvolvimento do self, geralmente causadas por experiências de cuidado inadequadas na infância.
🔹 Objetos self: introduziu o conceito de "objetos self", ou seja, pessoas que funcionam como parte da estrutura psíquica de um indivíduo, como espelhos emocionais.

Obras mais influentes 🖋️

  1. "Análise do Self" (1971) – Considerada sua obra-prima, marca a ruptura com o modelo freudiano clássico.

  2. "A Restauração do Self" (1977) – Aprofunda sua teoria sobre a formação e reconstrução do self.

  3. "How Does Analysis Cure?" (1984) – Publicado postumamente, reflete sobre a função curativa da análise.

Legado e morte 🕊️

Kohut faleceu em 8 de outubro de 1981, em Chicago, Estados Unidos. Seu legado permanece vivo e relevante, especialmente no campo da psicanálise relacional e humanista. Muitos profissionais ainda hoje se inspiram em sua visão compassiva e sensível da prática clínica.

Ao colocar a empatia no centro da escuta analítica, Kohut abriu novas possibilidades de tratamento para pessoas que, até então, eram consideradas "intratáveis" pela ortodoxia freudiana.

Conclusão ✨

Heinz Kohut foi um verdadeiro revolucionário silencioso. Seu trabalho continua inspirando psicanalistas, psicoterapeutas e estudiosos do comportamento humano ao redor do mundo. Em tempos em que o sofrimento psíquico se mostra cada vez mais multifacetado, suas ideias sobre empatia, cuidado e reconstrução do self são mais atuais do que nunca. 💖

Referências bibliográficas 📖

  • Kohut, H. (1971). The Analysis of the Self. International Universities Press.

  • Kohut, H. (1977). The Restoration of the Self. University of Chicago Press.

  • Kohut, H. (1984). How Does Analysis Cure? University of Chicago Press.

  • Strozier, C. B. (2001). Heinz Kohut: The Making of a Psychoanalyst. Farrar, Straus and Giroux.

  • Ornstein, P. H. (Org.). (1988). The Search for the Self: Selected Writings of Heinz Kohut 1950–1978. International Universities Press.

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